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Opiano tem um lugar importante na história da música em geral. Mas nem sempre teve esse nome e tampouco foi acessível a todos. Aquele que hoje conhecemos como "o rei dos instrumentos" já passou por muitas modificações ao longo dos anos e dos séculos. Ele evoluiu e se adaptou ao seu tempo.
Também permitiu que incríveis artistas e músicos se revelassem ao mundo, como Aretha Franklin, Glenn Gould, Tom Jobim, Chopin, Arthur Moreira Lima, Lang Lang... Homens que marcaram a história da música.
É muito interessante descobrir e analisar a fabulosa história do piano. Quem sabe você não se inspira e decide começar a estudar o instrumento?
O nascimento e a difusão do piano
Para voltar às origens das origens, é preciso remontar até o século XVIII. E é um nome que mudará o curso da história: Bartolomeo Cristofori. Este florentino inventou o primeiro instrumento de teclado: o clavicorde, ou "gravecembalo col piano e forte" em italiano.
Ainda estávamos muito longe do conceito de piano como o conhecemos hoje, mas a ideia de base - pressionar teclas que operam martelos que por sua vez batem em cordas de som - já estava presente. Cristofori fabricou vinte modelos ao longo de sua vida. O conceito foi então retomado e melhorado por um alemão: Silbermann. Ele aprimorou os planos e o processo de batidas de martelo.
Foi assim que nasceu uma nova família de instrumentos. E nessa família, podemos dizer que o avô se chamava fortepiano.
Bartolomeo Cristofori, o idealista do fortepiano.
O fortepiano, o antepassado mais antigo do teclado moderno
Com as pesquisas sobre o som e o mecanismo de Silbermann, um novo tipo de teclado nasceu no final da década de 1770: o fortepiano.
Sob os aspectos estético e sonoro, o fortepiano é o instrumento da família que mais sofreu melhorias em sua história. O período correspondente a esta sequência de melhorias vai da morte de Mozart (1791) à morte de Schubert (1828). Musicalmente, estamos na era clássica.
Não podemos confundir o fortepiano com o cravo. O cravo não é considerado um antepassado do piano por dois motivos: foi criado posteriormente e não possui suas mesmas características técnicas. Por exemplo, o som do cravo não é produzido pelas batidas de martelo. Além disso, o cravo não alcançou o mesmo sucesso que o piano. A história já provou isso.
O instrumento vai então passar por muitas melhorias: tudo para permitir que os pianistas da época emitissem um som mais poderoso e com mais capacidades expressivas.
E, graças à Revolução Industrial, o progresso superou as expectativas dos virtuoses da época. Foi possível:
Trabalhar uma maior precisão de som
Aprimorar o toque do teclado com teclas mais flexíveis
Produzir cordas de aço de alta qualidade, mais resistentes e mais precisas.
A proliferação das fábricas de piano
A segunda metade do século XIX e o boom industrial deram origem a novas fábricas e novas marcas, que também contribuíram para a melhoria do piano, que ainda era chamado de fortepiano à época.
O grande líder e inovador deste período é a Alemanha. A marca Blüthner (que só surgiu em 1853) conseguiu desenvolver os aspectos técnicos e estéticos de seus instrumentos, tornando-os robustos e poderosos.
Piano de cauda Blüthner PH Grand, por Poul Hennigsen (1931).
Mas a marca também impulsionou o lado comercial do negócio, buscando como clientes não apenas os melhores pianistas, mas também pessoas que tinham o objetivo de aprender piano ou que queriam manter sua imagem atrelada ao prestígio do piano.
A Blüthner patenteou, portanto, 4 melhorias em seus modelos e diversificou sua oferta. De modo que em 1915, o piano padrão tinha 2m 15 de comprimento, pesava 300 kg e cobria 5 oitavas. As outras empresas, que estavam atrasadas nessas inovações, foram obrigadas a acompanhar a onda.
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Os virtuoses do teclado representando as marcas
Como em qualquer área, e como em qualquer época, uma marca precisa ser representada por alguém de renome. Uma espécie de ídolo que venda o produto como único entre todos os demais.
As fábricas de piano não fugiram a essa regra. Elas buscaram a imagem dos melhores pianistas para persuadir o público de que seus produtos eram melhores que os da competição.
Assim, Beethoven, Chopin, Schubert, para citar apenas alguns (entre os melhores pianistas) emprestaram seu nome aos grandes fabricantes de pianos europeus. Essas empresas começaram a ficar cada vez mais numerosas na segunda metade do século XIX, chegando a mais de 20 em 1885. Foi nessa época que nasceu o piano moderno.
Conheça as principais fábricas de produção de piano no final do século XIX:
Blüthner
Broadwood
Pleyel
Erard
Stein
Na época, essas empresas dominava 70% da produção mundial de pianos. Pianos de todas os formatos, todas as características sonoras e técnicas. E pianos que podiam ser adquiridos por pessoas da classe média da época (especialmente aqueles enriquecidos pela revolução industrial, que queriam aprender piano depois de adultos) e pela burguesia que usava pianos sobretudo pela beleza do "mobiliário" que o instrumento representava.
Com o passar do tempo, o piano mudou de look.
O piano moderno chega para ficar
Com o progresso da ciência, o avanço da indústria e das técnicas de fabricação, os pianos mudaram, se adaptaram e evoluíram, até chegarem ao que conhecemos hoje.
Foi só no início do século XX que o piano conseguiu combinar poder, beleza e sonoridade perfeita. A prática do piano também se difunde, com a conquista e descoberta de novas regiões de novos países.
Pouco antes do início dos anos 1900, o francês Henri Pape deu uma nova dimensão ao som do piano. Ele substituiu as capas de couro dos martelos por feltro de lã de carneiro (você sabe, os martelos que batem nas cordas para emitir os sons). Este aprimoramento permite uma melhor harmonização do timbre do instrumento no momento do toque.
Na Alemanha, a partir de 1902, as cordas passam a ser produzidas com fios de aço com alto teor de carbono, tendo como propriedades principais a dureza e densidade, dando assim um aspecto "mineral" ao som. Ainda hoje, empresas como Röslau, Vogel ou Rose estão constantemente melhorando esses materiais.
E é também nesse período que o piano conquista o mundo.
O piano é exportado para a América e a Ásia
Os Estados Unidos: novo gigante da fabricação de piano
O piano chegou aos Estados Unidos na segunda metade do século XIX, com a criação de duas empresas: Steinway e Grodrian. São essas duas marcas que vão liderar a origem desse mercado no país do Tio Sam.
Nessa época, a prática do piano ainda estava começando, e era reservada aos emigrantes ingleses, que tinham uma cultura de piano mais arraigada do que os habitantes do novo mundo.
No entanto, e como em muitas outras áreas, rapidamente os Estados Unidos se tornaram líderes mundiais. E permanecem assim até hoje, com mais de 200 fábricas e mais de 870 patentes registradas ao longo de cem anos.
Ásia e Japão entram na dança com a Yamaha
O Japão entrou no mercado relativamente tarde. O líder internacional do instrumento musical, Yamaha, só foi criado em 1887 e começou a fazer pianos apenas em 1900. É a família Meiji que leva a marca Yamaha ao ranking dos fabricantes de piano.
Até hoje, seus pesquisadores - grandes especialistas em acústica - fazem dos instrumentos Yamaha la crème de la crème em termos de qualidade musical.
Um know-how que foi exportado para países vizinhos como a Coréia do Sul e a China, ainda hoje em dia.
O piano nos dias atuais
Atualmente, a indústria do piano continua florescendo. Assim como as aulas de piano e aulas de teclado para iniciantes!
Como nos seus primórdios, ela adentrou o século XX e integra as novas tecnologias. Então, hoje podemos encontrar todos os tipos de pianos possíveis e imagináveis. Os pianos verticais se popularizaram; os pianos elétricos de todos os tipos se revelaram equipamentos multifuncionais de alta qualidade. Aliás, esses últimos podem perfeitamente substituir os pesados e volumosos pianos verticais ou de cauda.
Em relação à prática do piano, muita coisa mudou. Até o final da década de 1950, este instrumento era reservado às elites. Pessoas que tinham espaço em casa e tempo para aprender. As "pessoas comuns" não tinham acesso ao piano. Por vários motivos: preço, disponibilidade, lugar para deixar... Enfim. Um instrumento definitivamente inacessível. Hoje, a classe média tem acesso à prática do instrumento mas também ao seu ensino, seja em escolas de música, associações, instituições ou até mesmo com professores particulares.
E, como nos primeiros dias de sua existência, o piano ainda é representado pela imagem de seus grandes músicos.
Um instrumento encontrado em filmes, em propagandas de televisão, tutoriais de piano no Youtube, entre outros. Isso mostra que, ao longo de seus 300 anos de história, o piano finalmente está conquistando o mundo. Uma estrada longa e cheia de descobertas.
Podemos dizer que o piano se popularizou depois de três séculos de história.
Os gênios da música continuam interpretando músicas difíceis no piano!
A história do piano é rica e hoje podemos distinguir 5 tipos de piano de cauda. Para escolher o seu piano ideal, leve em consideração seu nível de estudos e as expectativas que você tem em relação à sua aula de teclado ou piano
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